Estudo realizado em parceria com o escritório de arquitetura Lopes Santos e Ferreira Gomes Arquitetos
Colaborador: Honorio Magalhães
O edifício do Bloco G do CEFET/RJ Campus Maracanã é composto por 4 pavimentos para abrigar refeitório, arquivo e biblioteca ocupando área total de 2540m².
As áreas destinadas ao programa são compostas por uma modulação estrutural de 6.00x5.00m.
A entrada de público acontece pelo lado sul e sudeste, com entrada separada para os serviços. O andar térreo é composto pelo refeitório com capacidade para 200 alunos, assim como toda a área de apoio a ele (áreas de preparo, de lavagem e de estocagem de alimentos). Ainda no térreo encontram-se o hall de acesso à biblioteca e arquivos que se encontram nos pavimentos superiores. No segundo pavimento estão localizados o acesso à biblioteca e a área de acervo assim como a área administrativa. No terceiro pavimento estão as salas de estudo (individual e em grupo), assim como a videoteca para 42 alunos e o arquivo especial. Por fim, no último pavimento, está localizado o arquivo e sua área técnica, a área de exposições e a administração.
A circulação vertical é feita por três elevadores e uma escada enclausurada, e os sanitários estão localizados em prumada para a otimização das instalações prediais. Os shafts propostos para abrigar quadros e prumadas encontram-se próximo ao centro do edifício.
Os materiais e métodos construtivos aqui propostos visam atender às condições do local da implantação, a facilidade de operação e manutenção, considerando também as disponibilidades econômicas e financeiras para a implantação do empreendimento.
O Espaço da Memória
A conformação do Edifício Anexo ao Centro de Preservação de Bens Culturais da Casa de Rui Barbosa surge diretamente do entendimento de seus determinantes urbanísticos e programáticos, dada a diversidade e também as especificidades das atividades a serem desenvolvidas no interior do edifício como recolhimento, organização, arranjo, guarda, preservação e segurança dos objetos e documentos constituintes do acervo. Desta forma, a criação de um ambiente propício a preservação deste acervo torna-se o objetivo principal deste projeto.
A partir dos parâmetros urbanísticos apresentados, optou-se por implantar o edifício colado nas divisas laterais do terreno (três lotes contíguos de números 504, 510 e 518 da Rua Assunção) abrindo-o sempre que possível e desejável para suas atividades internas para frente do terreno (Rua Assunção) e para os fundos, respeitando os afastamentos determinados em legislação, e distribuindo o programa em 5 (cinco) pavimentos.
Parceria: Arq. Juliana Sucuro
O Real Espaço Virtual
O projeto de reforma e ampliação do antigo Museu do Telephone, hoje Centro Cultural OI FUTURO, baseia-se na busca pelo diálogo entre o antigo. O edifício é construído através da orientação e sobreposição espacial de duas malhas gráficas: a primeira, formada pela estrutura rigidamente ortogonal do edifício existente, e a outra formada por linhas de ângulos livres, que representam a ideia de comunicação. O resultado cria uma densidade sobre a qual se configura a forma do atual edifício. Seu espaço se abre para cidade através de um térreo transparente, que convida visitantes a percorrem e descobrirem seu espaço interior. Um conjunto translúcido de escadas costura ambos os edifícios, rasgados por um vazio de luz que se estende ao térreo.
Autores:
Ana Paula Polizzo, André Lompreta, Gustavo Martins, Marco Milazzo e Thorsten Nolte
A Criativa Indústria
O Edifício projetado para abrigar o centro da Indústria Criativa da Firjan baseia-se na criação de espaços que promovam a experiência contínua, o intercâmbio, a possibilidade de ver e ser visto, a descoberta e o incentivo à criação, ensino e cultura.
Assim sendo, o espaço é abordado como possibilitador de experiências diversas, onde cada um interpreta, se apropria e modifica o ambiente de maneira diferente segundo sua forma de ver o mundo, segundo aquilo que conhece.
Neste projeto, a incorporação da experiência do indivíduo na percepção da arquitetura deve vir, no entanto, acompanhado da possibilidade de ampliar a ideia de individualidade, assumindo assim que o usuário é considerado um habitante ativo da cidade e desta forma, é parte de uma coletividade. Assim, edifício proposto estimula a intercomunicação espacial a partir da estratégia de construir no entorno imediato novas relações legíveis a partir da criação de espaços de circulação e de grandes áreas de convívio que se constituem como vazios vibrantes que promovem a aglomeração de pessoas e se abre para as relações entre os espaços.
Parceiros: Vitor Garcez e Juliana Sucuro
Colaboradores:
Arquiteta: Raíssa Rocha
Honorio Magalhães
Aderência histórica
Do acesso ao sítio proposto para as futuras instalações do novo anexo do MuMA (Museu do Meio Ambiente) e do seu auditório, num primeiro olhar, nos confrontamos com um espaço que aponta para infinitas leituras. As linhas de dominância que dirigem o olhar são confusas, ora encaminhando a visada em uma linha oblíqua em relação ao portão de entrada, seguindo a pista de acesso; ora empurrando a visada em uma linha paralela à Rua Jardim Botânico, procurando a entrada do edifício tombado. O conjunto edificado, por sua vez, aparenta uma falta de preocupação com questões sobre hierarquia, domínios, acessos e orientação espacial, já que os objetos arquitetônicos e os seus acessos não sugerem nenhuma conexão formal e organizacional entre eles. A alteridade entre as múltiplas escalas de proximidade e distanciamento foi intencionalmente potencializada na criação arquitetônica, com a intenção de envolver o usuário com as quase inumeráveis possibilidades de estabelecer novas escalas perceptivas, facultando assim, mais envolvimento e interação entre o homem, o ambiente construído e a natureza. A ideia principal foi valorizar o ambiente natural e incorporá-lo como parte integrante das edificações.
Parcerias: Eduardo Vasconcellos, Elisabete Reis e Fernando Acylino
Colaboradores:
Arq.Raissa Rocha
Danielle Ribeiro, David Sarmento, Frederico Martinho e Samuel Nogueira
Paisagismo: Violeta Villas Boas
Conexão Aérea
A estação deve ser entendida como extensão da cidade e de seu entorno imediato, ela não só conecta trechos da região metropolitana, mas como também é uma passagem local. Caracteriza-se como uma costura pontual entre as partes dos bairros cortadas pela linha férrea. As estações devem permitir que de dentro para fora se tenha a dimensão espacial das possibilidades de conectividade com o lugar.
As linhas férreas são, historicamente, divisas entre partes comuns da cidade. Por vezes, dois fragmentos de um bairro seccionado pelos trilhos se desenvolvem de modo totalmente diferente, devido à dificuldade de transposição desta barreira. Deste modo, as Estações são elementos de integração das partes separadas da cidade. Enquanto equipamento público, a Estação permite não só circulação livre, mas também se converte em ponto nodal de interesse para o bairro, atraindo comércio e serviços.
Colaboradores:
Arquitetos: Raissa Rocha, Diana Bogado e Rafael Koury
O Espelho do Outro
A intervenção sócio-espacial em comunidades de baixa renda sempre perseguiu, de maneira generalizada, a idéia de que as urbanizações deveriam partir da análise e identificação das potencialidades dos núcleos existentes em seu interior. Estes núcleos - equipamentos públicos ou conjuntos de habitações existentes - se conectam a novos equipamentos inseridos nas margens das comunidades através de uma nova malha viária, possibilitando a interligação entre a favela e o restante do tecido urbano.
Este cenário, repetidamente experimentado, apresenta uma postura unilateral com relação ao dialogo proposto com a cidade. Assim, a favela, na maioria das vezes, é a responsável pela busca da conexão entre as partes.
Nossa proposta, no entanto, se baseia na bilateralidade, onde não só a favela busca se conectar com o tecido da cidade, mas a própria cidade passa a exercer o mesmo movimento de troca com relação à favela. Esse argumento não se baseia somente nas alterações espaciais fundamentais para recuperação de uma área degradada; ele pretende mostrar que o resultado físico do processo de reconhecimento e aceitação entre as diferentes partes passa pela constante consciência do papel exercido por cada agente no processo de transformação da cidade, onde o bairro e a favela conversam e se aceitam. Onde tudo é cidade.
Colaboradores:
Arq. Raissa Rocha
Ana Beatriz Peixoto, Tapio Rossato, Vitor Cunha e Jan Kudlicka
Viva o Futebol que nos une
A pluralidade do povo brasileiro e seu amor pelo futebol inspiram o projeto, que faz da arquitetura proposta abrigo para a festa do povo em 2014. Um edifício que, como parte da cidade, adote em sua construção a valorização de conceitos como: flexibilidade, a mutabilidade, a sustentabilidade e a adaptabilidade.
O projeto é uma obra aberta, o edifício se comunica com o visitante por sua composição, misturando-se ao lugar e a sua gente. A modulação do sistema construtivo em estrutura metálica, embora modular e ortogonal, também se adapta a diversas situações de organização espacial, favorecendo assim, a futura decisão quanto a sua exata implantação.
Este sistema privilegia conceitos como a economicidade e a reciclagem possibilitando a reutilização e o reaproveitamento das peças estruturais na construção de outros equipamentos para a cidade sede, como creches e escolas, espalhando-se pelo território, tirando partido do fato de ser uma estrutura temporária.
Na essência, Arena é um local de convergência do olhar e de concentração de pessoas. O espaço proposto é coberto, estabelecendo amplo abrigo aos frequentadores. Esta cobertura apresenta-se de forma circular, como um disco que paira sobre o terreno e edifícios. Este disco é composto pela mesma lógica estrutural presente na tradicional bola de futebol - a forma hexagonal de sua costura.
Colaboradores:
Arq. Raíssa Rocha
Honório Magalhães
Partido Arquitetônico
O terreno para implantação do Memorial do Estado do Rio de Janeiro ocupa dois lotes contíguos, que se abrem para duas ruas distintas. A fachada principal está voltada para Rua Joaquim Palhares, junto à praça da estação do metrô Estácio e ao Centro de Convenções da Cidade Nova. Ao lado está localizada a Igreja de São Joaquim. O segundo acesso é pela Rua João Paulo I.
A vizinhança da Igreja e a intenção de preservar sua visibilidade determinaram a opção por recuar a fachada frontal e de criar um afastamento lateral generoso entre os dois edifícios. O recuo frontal evitou a solução em galeria definida pelo Plano Agache, que sem uma continuidade garantida pelas edificações vizinhas nos parece inadequada. Já recuo lateral permitiu a criação de uma grande área livre, por onde são definidos os acessos ao edifício.
O programa do Memorial define claramente três grupos de atividades de naturezas distintas: os arquivos propriamente ditos, onde são guardados os documentos; as atividades técnicas e administrativas, que concentram a maior parte dos funcionários e comportam os serviços de gestão e conservação dos documentos, além da administração do conjunto; e as áreas destinadas ao público, como os espaços de exposição, o café, a livraria e o auditório.
Parceria: Rua Arquitetos