PARQUE INHAÚMA
Em linhas gerais, a concepção dos parques segue dois objetivos principais: (1) potencializar as funções ecológicas das áreas livres existentes e (2) capacitá-las para receber atividades de esporte e lazer, com foco naquelas que ocorrem ao ar livre. Tais objetivos se desdobram nas seguintes premissas:
- Atenção à percepção da paisagem, respeitando sua estrutura visual e potencializando elementos cênicos naturais.
- Atenção às preexistências dos terrenos, em especial às características biofísicas, dentre elas a topografia, as massas d’água e linhas de drenagem, insolação e ventilação. Quando possível, aproveitando também estruturas arquitetônicas existentes que possam fazer sentido no contexto de ressignificação do território.
- Adoção de soluções de arquitetura e paisagismo de baixo impacto, de fácil exequibilidade e manutenção.
- Reforço da integração física dos parques à malha urbana. Acessos e caminhos bem definidos, priorizando a experiência do pedestre, a mobilidade ativa e o desenho universal.
- Reforço da integração ecossistêmica dos parques ao seu entorno. Adoção de técnicas alinhadas aos princípios da Infraestrutura Verde e Soluções baseadas na Natureza (SbN) em complemento ou substituição à infraestrutura convencional (cinza), assumindo o protagonismo da natureza em intervenções humanas que visam proteger, gerenciar e restaurar ecossistemas naturais e modificados, aportando benefícios sociais e econômicos de curto e longo prazo.
- Adoção de técnicas de drenagem sustentável, que possibilitem a manutenção da infiltração e armazenamento d’água no solo via redução da superfície impermeável e priorização de materiais com alta taxa de permeabilidade.
- Manutenção da cobertura arbórea existente, evitando ao máximo a supressão de indivíduos que apresentem estado fitossanitário satisfatório.
- Enriquecimento da cobertura vegetal, tanto arbórea quanto arbustiva. Adoção de plantios heterogêneos de espécies nativas bem-adaptadas às condições do local, priorizando a variação de estratos, densidades e estágios sucessionais.
- Fomento ao paisagismo comestível com frutíferas, plantas alimentícias não-convencionais (PANCS), espaços para hortas e pomares.
- Suporte à biodiversidade. Criação de ambientes propícios à atração de fauna, que sirvam de refúgio e berçário para polinizadores e dispersores.
Autores do projeto de Desenho Urbano e Paisagismo: Duarte Vaz, Elena Geppetti, Bruno Amadei, Isadora Riker e Victor Huggo Fernandes
Autores do projeto de Arquitetura: Gustavo Martins, Pedro Rivera e Vitor Garcez
Area construida:47m²
Localização:Rio de Janeiro
Estado:Em projeto
Data:2023