Associação de programas
A proposta para a restauração e readaptação do Cine Teatro Mussi em Laguna SC, esta circunscrita no entendimento das características funcionais do antigo Cine-Teatro, na sua história e nas possibilidades de fazer desta percepção, fundamento para a inserção e adaptação deste edifício. Atualmente a configuração da sala de espetáculo do Mussi apresenta uma proporção que segundo os atuais critérios de visibilidade das novas salas de Cinema e do Teatro causa forte desconforto visual e sonoro. Portanto, a atual configuração linear é de difícil comunhão com o programa desejado para os atuais critérios de projeção e reverberação, absorção e transmissão sonora. Outro importante ingrediente nesta complexa harmonia entre função e espaço, está no fato do Edifício vir a atender dois usos de peculiar tratamento. Cinema e Teatro possuem características que a princípio parecem comungar dos mesmos princípios ideológicos e conseqüentemente funcionais, porém é sabido que tal relação tem seus limites e por muitas vezes é de difícil resolução conjunta.Conscientemente, se propõem não fazer deste edifício alvo de grandes mudanças estruturais e logísticas. Optamos por intervir pontualmente aonde realmente fosse necessário para tornar o espaço acessível a todos e o edifício apropriado a possíveis características contemporâneas de seus usos. O Cine Teatro Mussi ganha vida nova e apresenta-se de maneira irretocável novamente para a população de Laguna, gerando novas possibilidades de ocupação e principalmente, troca entre a história que ele representa e a renovação dos tempos que este projeto tem como conceito dar conta.
Parceiro: Ronaldo Brilhante
Colaboradores:
Cenotécnico: Maurício Campbell
Arquitetas: Raíssa Rocha, Luisa Gonçalves e Camila
Associação de programas
A proposta para a restauração e readaptação do Cine Teatro Mussi em Laguna SC, esta circunscrita no entendimento das características funcionais do antigo Cine-Teatro, na sua história e nas possibilidades de fazer…
CINE TEATRO Mussi_ Iphan SC
O NOVO E O ANTIGO
Situada na região do Alto Paraguaçu, a 7km da cidade de Itaiópolis em Santa Catarina, a casa Polaski, é sem dúvida um dos exemplos remanescentes mais importantes da cultura Polonesa na região. Sua característica principal está presenta na particular configuração construtiva, sendo esta composta por fachada frontal em alvenaria, telhado de telha cerâmica francesa e corpo constituído completamente por madeira, inclusive suas paredes internas.
Este conjunto de edifícios formados pela casa Polaski, Paiol e a edícula da cozinha, formam a atual configuração espacial do conjunto preservado, e que será fruto de recuperação e restauração.
Observando a configuração atual do conjunto propomos uma conexão física entre os edifícios existentes através da criação de uma plataforma (deck de madeira) que, elevada do terreno, faça a articulação entre os elementos existentes e os novos volumes propostos. Além disso, esse elemento de conexão lida com total respeito à condição original do terreno, onde pode vir a existir vestígios de ruínas de outras edificações que um dia ali se situavam e ocupavam a vasta região agrícola do Alto Paraguaçu.
ACOLHIMENTO
Importante equipamento urbano, os Mercados Públicos sempre foram espaços de encontro, de manifestações culturais, de lazer, de comércio e troca.
Ao longo dos tempos, a arquitetura dos Mercados Públicos se mistura à evolução tecnológica da cidade, de seus costumes e tradições culturais difusoras da memória coletiva.
O Mercado Público trás consigo seu original espírito urbano,
que o relaciona diretamente com elementos como a rua, a praça e o passeio.
Esta questão conduziu conceitualmente nossa proposta para implantação do Mercado Público de Blumenau.
Entendemos que o Mercado deve fazer parte da cidade, assim como a cidade deve invadir o Mercado. No terreno estabelecido para a implantação do novo Mercado criamos uma praça que concentra, hierarquiza e distribui todo o fluxo de acesso, permanência ou passagem por sua área, possibilitando a criação de uma franca relação com as diversas atividades existentes no novo edifício, potencializando também a percepção espacial do conjunto arquitetônico que se destaca e
se abre para a cidade.
Este partido arquitetônico nos garante a construção de um espaço adequado para o bem estar da “vida” do Mercado, fazendo da sua apropriação coletiva e privada, ferramenta de fundamental importância para a integração social e econômica de suas diversas atividades.
Autores: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo