Extroversão
O Edifício que abriga o atual Núcleo de Estudos em Água e Biomassa (NAB) da Universidade Federal Fluminense (UFF) é fruto da parceria entre o Instituto de Química da UFF e a Petrobras. A nova edificação situa-se no campus da Praia Vermelha, no bairro da Boa Viagem (em Niterói) num terreno que está voltado para a baía de Guanabara, compartilhando com seus vizinhos uma das vistas mais belas da cidade. O local onde o edifício se implanta – assim como boa parte do campus da Praia Vermelha da UFF - é fruto de área de aterro proveniente do desmonte histórico de parte do morro do Gragoatá. Sua cota de implantação chega a variar 8m em relação à Av. Gal. N. Tavares de Souza, a rua frontal que gera o limite do campus com a baía de Guanabara. No projeto para o NAB, foram considerados três aspectos principais no processo de projeto e na intenção conceitual: em primeiro o lugar, a relação com a paisagem, que é extremante dominante neste caso; em segundo lugar a especificidade de seu programa, ou seja, a necessidade de abrigar um conjunto de laboratórios; e por fim - e não menos importante por isso - o resgate do espaço público oferecido pela composição volumétrica do prédio.
Autores: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo
Colaboradores: Fernanda Mousse, Sara Jorge e Raissa Rocha
A relação entre a base natural e a construção é o principal articulador da composição volumétrica e espacial do edifício, permitindo que este seja fruto desta franca associação entre edifício e paisagem;
A invasão do terreno no edifício, permite que a construção seja percebida parcialmente, ganhando assim, elegantes proporções horizontais, para melhor integração no ambiente envolvente;
O edifício ganha proporções sóbrias, permitindo que claramente seja percebido, sem se destacar de maneira agressiva, propondo ao lugar a percepção de sua presença sóbria e harmônica;
O edifício é envolvido por áreas verdes interna e externamente – formando um volume em forma de U, abraçando o lugar e se espalhando pelo mesmo;
Os estacionamentos também fazem parte da geografia, e são formados por lajes de cobertura ajardinada e desaparecem em meio à nova composição de parte do terreno;
A implantação do novo edifício garante facilidade de acesso de pedestres e de automóveis ao parque de estacionamento;
Propomos um edifício permeável ao terreno, que atendesse as necessidades funcionais e administrativas do IPHAN;
Permitimos com nossa implantação um franco acesso ao público e ao mesmo tempo um acessos controlados à área restrita de funcionários;
O acesso público é feito através de um pátio interno, que funciona como centro umidificador e ventilador natural de todo o edifício, reforçando seu comprometimento com a melhor operacionalidade das condições térmicas do lugar;
Optamos na construção de um edifício cuja técnica construtiva será em estrutura metálica, para maior flexibilidade e aproveitamento estrutural dos vãos de grandes dimensões, além das demais contribuições técnicas já conhecidas deste sistema;
A organização interna espacial foi pensada em permitir a criação de um “open-space”, para maior adaptabilidade a novas funções e necessidades do…
ACOLHIMENTO
Importante equipamento urbano, os Mercados Públicos sempre foram espaços de encontro, de manifestações culturais, de lazer, de comércio e troca.
Ao longo dos tempos, a arquitetura dos Mercados Públicos se mistura à evolução tecnológica da cidade, de seus costumes e tradições culturais difusoras da memória coletiva.
O Mercado Público trás consigo seu original espírito urbano,
que o relaciona diretamente com elementos como a rua, a praça e o passeio.
Esta questão conduziu conceitualmente nossa proposta para implantação do Mercado Público de Blumenau.
Entendemos que o Mercado deve fazer parte da cidade, assim como a cidade deve invadir o Mercado. No terreno estabelecido para a implantação do novo Mercado criamos uma praça que concentra, hierarquiza e distribui todo o fluxo de acesso, permanência ou passagem por sua área, possibilitando a criação de uma franca relação com as diversas atividades existentes no novo edifício, potencializando também a percepção espacial do conjunto arquitetônico que se destaca e
se abre para a cidade.
Este partido arquitetônico nos garante a construção de um espaço adequado para o bem estar da “vida” do Mercado, fazendo da sua apropriação coletiva e privada, ferramenta de fundamental importância para a integração social e econômica de suas diversas atividades.
Autores: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo