PARQUE PAVUNA
Escritório responsável: Embyá Paisagens & Ecossistemas
Vídeo: https://youtu.be/-glk7R0y_iE
O Parque Carioca Pavuna, com área total de 17.303m², será um importante equipamento urbano de escala local que oferece atividades esportivas, de lazer, recreação infantil, estimula a integração e convívio social, e confirma o senso de comunidade através do seu programa que convida à contribuição e participação cidadã, começando por três importantes construções: o edifício da administração do Parque, formado por áreas de depósito do parque e comlurb, salas administrativas, além de sanitários e vestiários. Área de marquise, que abriga quatro quiosques e sanitários, é pensada de maneira a ocupa o espaço periférico da fração norte do Parque, localizando-se junto aos acessos principais, e uma escultura metálica de envergadura vertical, que não só caracteriza-se por ser evidentemente um marco na paisagem do Parque, como também atente uma função estrategicamente importante para a região, pois também “é fonte de água”, brotando de um espelho d água, cuja área que o circunscreve, estende-se até a praça que acolhe os quatro quiosques.
A administração e os quiosques são projetados a partir de uma estrutura concreto armado, cujas alvenarias são formadas por elementos vazados de concreto, aderindo a desejo funcional, técnico e construtivo, a fim de, garantir longa integridade ao conjunto edificado. Cabe destacar que parte das lajes destes edifícios e suas marquises recebem telhado verde que apresenta, de maneira prática aos visitantes, o debate educativo sobre a sustentabilidade. Os elementos gráficos projetados para percorrer o Parque Pavuna e caracterizarem certos usos aderem também as paredes desses edifícios, assim como acontece no piso das áreas esportivas, nas muretas e em outros trechos.
Dessa maneira, o projeto do Parque compõe um todo único, evidenciando a não existência de zonas fechadas e independentes. O Parque Pavuna, no seu conjunto, forma um organismo inserido no ambiente preexistente e ligado a este ambiente por uma relação delicada, respeita as linhas gerais da paisagem natural, que em pontos significativos (como a grande inclinação do talude em direção à rua Iguaba Grande e a grande massa vegetal adjacente à Estação de Gás Charles Freitas) é deixada preservada, interpreta-a e integra-a com os itens do programa.
A regularidade dos platôs é compensada pela irregularidade dos arranjos das massas vegetais propostas, que se reduz depois no despojamento da paisagem natural. A medida deste equilíbrio entre preexistências, topografia acentuada, natureza e programa dá ao parque um caráter individual e reconhecível. Por estes cinco caracteres — a unidade, a articulação com a topografia, o estímulo à fluidez dos acessos, o equilíbrio com a natureza, a valorização da relação de vizinhança — o parque garante a convivência humana integrada, entendendo, valorizando e estimulando a relação entre entorno imediato e bairro.
Essa distribuição em níveis distintos, por meio de platôs, contribui para a criação vocacional dos espaços do lugar, que se misturam a medida que seus níveis são trabalhados para se conectarem através de escadas, rampas, arquibancadas naturais e outros.
O grafismo proposto, como dito anteriormente, ajuda a conceber um vocabulário gráfico intuitivo, que integrado com a paisagem e a arquitetura, apresentam ao visitante as diversas atividades propostas para o espaço. É o caso da área infantil e da área de skate por exemplo.
A adoção de mobiliário urbano flexível, também cumpre com esse papel, assim como, as superfícies propostas na construção da paisagem. Na área que abriga o espelho d’água e escultura metálica, busca-se trazer a ideia de “praia carioca” não só através do elemento água presente, como também, por meio das superfícies que ressignificam o caráter do ambiente.
Portanto, assim como a cobertura vegetal define espaço e seu caráter, vários outras estratégias de construção da identidade do Parque são trabalhados para estimular em seus visitantes a noção de pertencimento e de total integração espacial a partir da paisagem proposta, que inspira-se no imaginário popular e suburbano do Rio de Janeiro, para construir um território que sirva aos princípios democráticos presentes no espírito da cidade Maravilhosa.
Autores do projeto de Desenho Urbano e Paisagismo: Duarte Vaz, Elena Geppetti, Bruno Amadei, Isadora Riker e Victor Huggo Fernandes
Autores do projeto de Arquitetura: Gustavo Martins, Pedro Rivera e Vitor Garcez