O projeto arquitetônico desenvolvido para o edifício que recebeu os jogos de Handbol e Golbol nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro teve como premissa a busca de soluções adequadas para as diversas interfaces do complexo sistema composto pelos equipamentos para os Jogos e seu legado. Diferentemente de outras arenas situadas no Parque Olímpico, esta Arena Olímpica depois dos jogos foi desmontada e reassumirá nova forma, transformando-se em 4 (quatro) Escolas públicas municipais.
Assim, a equipe desenvolveu um edifício que adotasse em sua construção a valorização de conceitos como flexibilidade, mutabilidade e adaptabilidade.
Nas escolas, dentre os componentes estruturais, destaca-se o uso de uma pele composta por brises de madeira reciclada, que envelopa o edifício. Este sistema filtra a luz e assume graficamente a silhueta da paisagem adotando visualmente a fluidez geográfica da região em que se situa.
Além vários outros elementos da Arena foram trasportados para as escolas, como esquadrias, rampa, guarda-corpo e outros. Cada escola tem capacidade de abrigar 600 alunos, A área total construída é de 8.000m².
É importante destacar a Arena Olímpica que deu resultado na construção de 4 escolas, não deve ser entendido como uma mera estrutura voltada para a operação dos jogos, mas sim como um espaço que abrigou rica capacidade de transformação e legado para a cidade. Que arena viva, quando escola é!
CONSÓRICIO: Rioprojetos2016_Lopes, Santos & Ferreira Gomes Arquitetos + OFICINA de Arquitetos, MBM Serviços de Engenharia e DW Engenharia/ AUTORES: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins, Gilson Santos, Geraldo Lopes e José Raimundo Ferreira Gomes./ COLABORADORES: Felipe Monnerat, Vitor Garcez, Juliana Sicuro, Igor Pio, Janaina Nagot, Jean Boechat, Cristiano Vieira, Honório Magalhães e Jorge De Miguel Maza./ FOTOGRAFIA: Leonardo Finotti (Arena) e Gustavo Martins…
Escritório responsável: Embyá Paisagens & Ecossistemas
Vídeo: https://youtu.be/-glk7R0y_iE
O Parque Carioca Pavuna, com área total de 17.303m², será um importante equipamento urbano de escala local que oferece atividades esportivas, de lazer, recreação infantil, estimula a integração e convívio social, e confirma o senso de comunidade através do seu programa que convida à contribuição e participação cidadã, começando por três importantes construções: o edifício da administração do Parque, formado por áreas de depósito do parque e comlurb, salas administrativas, além de sanitários e vestiários. Área de marquise, que abriga quatro quiosques e sanitários, é pensada de maneira a ocupa o espaço periférico da fração norte do Parque, localizando-se junto aos acessos principais, e uma escultura metálica de envergadura vertical, que não só caracteriza-se por ser evidentemente um marco na paisagem do Parque, como também atente uma função estrategicamente importante para a região, pois também “é fonte de água”, brotando de um espelho d água, cuja área que o circunscreve, estende-se até a praça que acolhe os quatro quiosques.
A administração e os quiosques são projetados a partir de uma estrutura concreto armado, cujas alvenarias são formadas por elementos vazados de concreto, aderindo a desejo funcional, técnico e construtivo, a fim de, garantir longa integridade ao conjunto edificado. Cabe destacar que parte das lajes destes edifícios e suas marquises recebem telhado verde que apresenta, de maneira prática aos visitantes, o debate educativo sobre a sustentabilidade. Os elementos gráficos projetados para percorrer o Parque Pavuna e caracterizarem certos usos aderem também as paredes desses edifícios, assim como acontece no piso das áreas esportivas, nas muretas e em outros trechos.
Dessa maneira, o projeto do Parque compõe um todo único, evidenciando a não existência de zonas fechadas…
O projeto arquitetônico desenvolvido para o edifício que receberá os jogos de Handbol e Golbol nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro teve como premissa a busca de soluções adequadas para as diversas interfaces do complexo sistema composto pelos equipamentos para os Jogos e seu legado. Diferentemente de outras arenas situadas no Parque Olímpico, esta Arena Olímpica depois dos jogos será desmontada e reassumirá nova forma, transformando-se em 4 (quatro) Escolas públicas municipais. Assim, a equipe desenvolveu um edifício que adotasse em sua construção a valorização de conceitos como flexibilidade, mutabilidade e adaptabilidade.
Seu núcleo é composto por uma bandeja octogonal que recebe a quadra de jogo e suas arquibancadas. De maneira independente a este, encontra-se a estrutura metálica temporária, modulada de forma ortogonal, de maneira a se adaptar a diversas situações de organização espacial, favorecendo a economicidade e o reaproveitamento das peças estruturais na construção de quatro Escolas para a cidade do Rio de Janeiro.
Dentre os componentes estruturais, destaca-se o uso de uma pele composta por brises de madeira reciclada, que envelopa o edifício. Este sistema filtra a luz e assume graficamente a silhueta da paisagem adotando visualmente a fluidez geográfica da região em que se situa.
A arena tem capacidade de abrigar 12.000 espectadores, atinge 11.959 espectadores para o módulo Olímpico e 5.204 para os jogos Paralímpicos. A área total construída é de 24.214m².
É importante destacar que o projeto para esta Arena não deve somente ser entendido como uma mera estrutura voltada para a operação dos jogos, mas sim como um espaço que possui uma rica capacidade de transformação, o que nos permite dizer que sua mutabilidade é um importante legado para a cidade.
CONSÓRICIO: Rioprojetos2016_Lopes,…
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UIA2021 RIO
EIXO TEMÁTICO: Mudanças e Emergências
Título: Comunicação e memória + Paisagem e acolhimento + Transitório e mutante
Subtítulo: Três reflexões e experiências de projeto da OA
País de Origem: Brasil
Idioma: Português
Sinopse:
A história do espaço colaborativo – OFICINA OA, mistura-se com diversas abordagens disruptivas que circunscrevem o Eixo temático Mudanças e Emergências. O primeiro projeto apresentado teve início no ano de 2000, quando o Ateliê obteve o primeiro prêmio no concurso Nacional de projeto para o Centro Cultural OI FUTURO, no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro, despertando o interesse em discutir uma abordagem local de entendimento do território e daqueles que fazem parte da realidade social e cultural do Bairro através da inspiração projetual fruto da ideia de comunicação e memória.
Em seguida apresenta-se outros dois outros projetos: o NAB é uma resposta necessária a segregação do ambiente universitário, trazendo o enfrentamento de um programa arquitetônico de natural característica introspectiva, inserido em uma paisagem extraordinária, necessária de ser usufruída e acolhida por todos. Por fim, a Arena Olímpica de Handball e Golball dos jogos Olímpicos de 2016, é criada a partir da ideia de uma arquitetura transitória, consciente de sua inerente demolição e remontagem para dar lugar a quatro escolas Municipais na cidade do Rio de Janeiro.
O Real Espaço Virtual
O projeto de reforma e ampliação do antigo Museu do Telephone, hoje Centro Cultural OI FUTURO, baseia-se na busca pelo diálogo entre o antigo. O edifício é construído através da orientação e sobreposição espacial de duas malhas gráficas: a primeira, formada pela estrutura rigidamente ortogonal do edifício existente, e a outra formada por linhas de ângulos livres, que representam a ideia de comunicação. O resultado cria uma densidade sobre a qual se configura a forma do atual edifício. Seu espaço se abre para cidade através de um térreo transparente, que convida visitantes a percorrem e descobrirem seu espaço interior. Um conjunto translúcido de escadas costura ambos os edifícios, rasgados por um vazio de luz que se estende ao térreo.
Autores:
Ana Paula Polizzo, André Lompreta, Gustavo Martins, Marco Milazzo e Thorsten Nolte
Extroversão
O Edifício que abriga o atual Núcleo de Estudos em Água e Biomassa (NAB) da Universidade Federal Fluminense (UFF) é fruto da parceria entre o Instituto de Química da UFF e a Petrobras. A nova edificação situa-se no campus da Praia Vermelha, no bairro da Boa Viagem (em Niterói) num terreno que está voltado para a baía de Guanabara, compartilhando com seus vizinhos uma das vistas mais belas da cidade. O local onde o edifício se implanta – assim como boa parte do campus da Praia Vermelha da UFF - é fruto de área de aterro proveniente do desmonte histórico de parte do morro do Gragoatá. Sua cota de implantação chega a variar 8m em relação à Av. Gal. N. Tavares de Souza, a rua frontal que gera o limite do campus com a baía de Guanabara. No projeto para o NAB, foram considerados três aspectos principais no processo de projeto e na intenção conceitual: em primeiro o lugar, a relação com a paisagem, que é extremante dominante neste caso; em segundo lugar a especificidade de seu programa, ou seja, a necessidade de abrigar um conjunto de laboratórios; e por fim - e não menos importante por isso - o resgate do espaço público oferecido pela composição volumétrica do prédio.
Autores: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo
Colaboradores: Fernanda Mousse, Sara Jorge e Raissa Rocha
A vez da Escola
O projeto para o Colégio Estadual José Leite Lopes e NAVE (Núcleo Avançado em Educação) tomou corpo na parceria entre o Instituto OI Futuro e o Governo do Estado do Rio de Janeiro. A implantação de um novo projeto pedagógico fruto desta parceria busca atender alunos do ensino médio do sistema público.
O local escolhido pelo Instituto OI Futuro para a inserção desta Escola consiste num bloco de dois edifícios, onde, atualmente, funciona o Centro de Distribuição de Linhas Telefônicas da OI. O maior objetivo do projeto consiste em ter que atender ao uso escolar e ao mesmo tempo isolar as áreas técnicas deste Centro, pois é inviável a realocação total do antigo uso.
Porém o desafio de conciliar dois usos aparentemente desarmônicos é interessante, quando relacionamos a esta questão as tendências globais promovidas na reconstrução e transformação das grandes cidades, como o Rio de Janeiro, e seus centros urbanos abarrotados de concreto, vidro, aço e gente.
As novas condições sociais, e conseqüentemente, arquitetônicas interferem na vida das cidades, que vêm, na sua condição heterogênea, encontrando saídas curiosas para exemplos de incompatibilidade de usos como este, onde a ocupação dos vazios e a sobreposição de sistemas de mobilidade tem se transformado constantemente, sendo hoje a chave para a boa conciliação entre atividades que aparentemente não conversam.
Autores: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo
A Paisagem construída
O espaço que tenha na sua essência o valor da convivência, do encontro, da troca, do
cotidiano, como diretriz de projeto, não poderia ser concebido de outro modo, que não
fosse através da criação de uma praça pública como espaço de convergência de atividades e manifestações diversas.
Portanto, nosso projeto, basicamente é composto por uma praça suspensa, que direciona verticalmente os fluxos diversos, seguindo a lógica do programa do Complexo Cultural,Esportivo e de Lazer do SESC-Distrito Federal, que define claramente três grupos de atividades de naturezas distintas: áreas de ação cultural, áreas de ação de lazer e áreas para desenvolvimento físico desportivo.
Esse variado conjunto gera um extenso programa de necessidades institucionais atendido pelo projeto arquitetônico, possibilitando a criação de áreas de convivência que articulam esses diferentes usos, e que podem também assumir uma reversibilidade no sentido em que poderão ser transformadas ocasionalmente em áreas de exposições, intervenções e apresentações diversas. Estes espaços privilegiam a integração visual e física entre os diversos ambientes, entre o complexo e a paisagem, estimulam a liberdade de circulação além de possibilitar acolhimento e sociabilidade entre os frequentadores.
Colaboradores:
Arq. Raíssa Rocha
Frederico Martinho
Consultores e Projetistas complementares:
Proj. do Teatro: Maurício Campbell
Projeto Estrutural: Bruno Contarini
Instalações Prediais: Gilvan Ferreira
Ar condicionado: Paulo Kayano
Paisagismo: Fernando Acylino e Violeta Pires
A Paisagem construída
O espaço que tenha na sua essência o valor da convivência, do encontro, da troca, do
cotidiano, como diretriz de projeto, não poderia ser concebido de outro modo, que não
fosse através da criação…
SESC Brasília
Portas e Janelas abertas para o conhecimento - a criação de uma identidade
Chega de muros, janelas ou portas fechadas! O conhecimento não deve ser concentrado, deve ser difundido a toda parte, deve ser fruto do encontro, da conversa, da troca, do aprendizado passado de pai pra filho, enraizado no imaginário popular. Nestes tempos de internet e mundialização, nada é fixo, tudo é passageiro. Mas como buscar para esta escola informatizada e comunicativa sólidas identidades num mundo onde tudo se desfaz em milionésimos de segundo?
Então imaginamos que o que cria raízes é o saber, e este não deve ser limitado, deve fazer novas frentes e ser interpretado através da diversidade, afinal, somos uma mistura de humores, cores, raças, línguas... Assim sendo, buscamos fazer da proposta arquitetônica para o projeto piloto fruto do programa conexão escola um verdadeiro plano de fundo às novas possibilidades de participação comunitária e da chegada dos novos tempos onde tudo é fluxo e mobilidade.
Com este espírito imaginamos propor através da nossa arquitetura forte relação com a temática programática e conceitos pedagógicos. Na nossa proposta arquitetônica, portas e janelas
participam da gráfica das fachadas como um virus que se espalha aleatoriamente e toma conta do lugar. Desta forma, nosso gesto intensifica a relação interior e exterior, faz dos simples elementos janelas e portas, objetos de importante expressão conceitual.
Autores: Ana Paula Polizzo, Gustavo Martins e Marco Milazzo